domingo, 5 de outubro de 2008

FISCAIS DA ÉTICA

"Jornal Nacional" mostra trabalho anticorrupção de ONG em Januária
Fábio Oliva (foto): TV dá projeção ao trabalho do combate às mazelas da política no norte-mineira
JANUÁRIA (MG) - O jornalista Fábio Oliva comemora a exibição de matéria na edição da quinta-feira, 02/10, do "Jornal Nacional", da TV Globo, sobre o trabalho da ONG Asajan (Associação dos Amigos de Januária). A reportagem integra a série que a TV Globo exibe nesta semana sobre as eleições municipais.
O trabalho de Oliva como militante pela causa da transparência e da ética na política e na administração pública há muito extrapolou a circunscrição do Norte de Minas. O jornalista tem sido chamado para participar de congressos e seminários em pontos diversos do país. O caso de Januária já se tornou referência sobre o assunto. Fábio Oliva não faz mais parte da diretoria da entidade, mas foi o porta-voz escolhido para atender à reportagem da TV Globo. Não é pequena a dimensão da exibição da matéria às vésperas da eleição municipal no município.
A reportagem de Beatriz Thielmann começa mostrando o trabalho feito pelos moradores de Itajubá, no Sul de Minas, que se levantaram contra a iniciativa dos vereadores em alugar dez salas em um prédio: um gasto de mais de R$ 1 milhão por ano.
Sobre Januária, a Globo diz o seguinte: "Januária, que fica ao norte do estado e bem às margens do Rio São Francisco, é um município rural. Tem 43 mil eleitores que, nos últimos anos, passaram por um troca-troca político quase inacreditável.
Em quatro anos, seis prefeitos. O motivo de tantos administradores municipais terem sido cassados em tão pouco tempo foi o mesmo: desvio dos recursos públicos ou a popular corrupção".
A matéria mostra ainda que, sem a providencial ajuda do Ministério Público, talvez o resultado do trabalho da Asajan fosse bem mais modesto – e demorado.
"Os prefeitos começaram a cair depois que o grupo decidiu agir. O que deu grande impulso para a criação da associação foi a revolta e a indignação da situação em que se encontrava a cidade", declarou o presidente da associação. Nesse momento, aparece a entrevista com Fábio Oliva, que não é identificado por caracteres na tela nem é mais o presidente da entidade, também não teve o nome mencionado. Mas tal omissão não tira o mérito do trabalho do jornalista Oliva.
A população gostou da idéia e o Ministério Público não só aprovou como se aliou ao movimento. "É importante que a gente receba essa denúncia para a gente poder apurar e exercer uma efetiva fiscalização do poder público municipal", explica o promotor de justiça Hugo Barros.
Polêmico, Fábio Oliva usa com maestria a trincheira da imprensa para dar visibilidade à sua luta. Ele é dono do jornal "Folha do Norte", onde compra boas brigas com os prefeitos e vereadores da região Norte de Minas que teimam em fazer de conta que a lei não existe, ou que estão imunes aos seus efeitos. A Asajan tem boa parcela de responsabilidade pelo efeito dominó que resultou na queda de seis prefeitos januarenses no intervalo de pouco mais de quatro anos.
Os muitos desafetos de Fábio Oliva em alguns municípios da região tentam desqualificar sua atuação com insinuações de que agiria por interesse pessoal e que seria um mercenário. Tais acusações, entretanto, caem no vazio: Oliva tem um estilo de vida para lá de espartano e não faltam situações em que ele paga para trabalhar.
Para ver o video da matéria exibida no "Jornal Nacional, clique
aqui.

Hora certa

Montes Claros

Apresentação Dia do Município: 03 de julho aniversário da cidade Localização: Norte de Minas Gerais Área: 3.470 Km2 População: 336.132 habitantes Clima: Tropical Temperatura: Média anual de 24,20º. Vegetação: Predominância de Cerrados com ocorrência de áreas de transição cerrado/caatinga. Distancia da Capital: 418 Km Rodovias que servem o município: BR 135 – Bocaiúva/Januária BR 365 – Pirapora Uberlândia BR 251 – Rio Bahia/Salinas/Coração de Jesus BR 122 – Janaúba Condições: Pavimentação Asfáltica Principais atividades econômicas: indústria, comércio e pecuária

Hisrória

1768 - Arraial das Formigas Expedição Espinosa - Navarro, composta por 12 homens determinados, talvez espanhóis e portugueses, foi a primeira a pisar as vastas terras da Região do Norte de Minas, habitada pelos índios Anais e Tapuias. Mas era muito cedo ainda para fundar as cidades do sertão, longe do litoral. Bandeirantes partiram de São Paulo, procurando pedras preciosas, e embrenharam-se pelo sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Fernão Dias Pais, Governador das Esmeraldas, organizou a mais célebre Bandeira, para conquistar "Esmeraldas", da "Serra Resplandecente". Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à Bandeira de Fernão Dias, acompanhou-a até às margens do Rio Paraopeba, onde com Matias Cardoso, abandonou o chefe, regressando para São Paulo, chegando lá dois anos depois. Seduzidos pela fertilidade do Sertão Mineiro e talvez, na esperança de conquistarem riquezas, Antônio Gonçalves Figueira e Matias Cardoso retornaram, tornando-se colonizadores caçando índios, construindo fazendas, cujas sedes se transformaram em cidades. Formou três grandes fazendas: Jaiba, Olhos d'Água e Montes Claros, esta, situada nas cabeceiras do Rio Verde, pela margem esquerda, próxima a montes formados por Xistos Calcários, com pouca vegetação. Pelo alvará de abril de 1707, Antônio Gonçalves Figueira obteve a sesmaria de uma légua de largura por três comprimentos, que constituiu a Fazenda de Montes Claros. Formigas foi o segundo povoado da Fazenda Montes Claros. Gonçalves Figueira para alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras na Bahia, e para o Rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do comércio de gados, e com isto, procurou ligar-se ao Rio das Velhas e também à Pitangui e Serro. A região foi se povoando e a Fazenda de Montes Claros transformou-se no maior Centro Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais. O próspero Arraial de Formigas, depois Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas, Vila de Montes Claros de Formigas e por fim cidade de Montes Claros. Iniciou-se assim, em local diferente da sede de Antônio Gonçalves Figueira, em torno da Capela erguida por José Lopes de Carvalho. 1831 - Vila de Montes Claros de Formigas Cento e vinte quatro anos após obtenção da Sesmaria, por Antônio Gonçalves Figueira, dono e construtor da Fazenda de Montes Claros, já estava o Arraial de Nossa Senhora de Conceição e São José de Formigas, suficientemente desenvolvido para tornar-se independente, desmembrando-se de Serro-Frio. Pelo esforço dos líderes políticos o Arraial foi elevado a Vila pela Lei de 13 de outubro de 1831, recebendo o nome de "Vila de Montes Claros de Formigas". Os vereadores, primeiros líderes construtores do progresso de Montes Claros, naquele tempo longínquo: José Pinheiro Neves (Presidente), Laurenço Vieira de Azevedo Coutinho, Luiz de Araújo Abreu, Antônio Xavier de Mendonça, Francisco Vaz Mourão e Joaquim José Marques, que substituiu José Fernandes Pereira Correia. A 22 de julho de 1834, toma posse o primeiro Juíz Municipal Dr. Jerônimo Máximo de Oliveira e Castro. Apareceram na Vila, os primeiros médicos e facultativos: Manoel Hipólito de Palma, com licença para exercer a profissão de Cirurgião. Outros facultativos apareceram em 1835, e, em 1847, chega à Vila o primeiro médico formado: Dr. Carlos Versiani. A Vila de Montes Claros de Formigas desenvolvia-se pelo esforço dos líderes, os costumes eram primitivos, em casa faziam-se comida, as quitandas, o sabão, as rendas de almofada, tecidos no tear, etc. Em 1817 já havia três sobrados: O do Cel. João Alves Maurício, o do Simeão e o Mirante. Outros foram construídos, tinham piso de assoalho, maior número de janelas e melhor acabamento. 1857 - A Vila de Montes Claros de Formigas passa a Cidade Em 1857, a Vila Montes Claros de Formigas teria pouco mais de 2.000 habitantes, mas os políticos já pleiteavam a elevação à cidade, pois os melhoramentos existentes eram os mesmos de quase todos os municípios da Província. Assim, pela Lei 802 de 03 julho de 1857, a Vila passou a cidade - Cidade de Montes Claros, sem formigas, que desagradava a todos os formiguenses. A partir dali seriam "montesclarenses". A 12/07/1858 tomaram posse os novos vereadores. Por muito tempo, o aspecto da cidade permaneceu quase o mesmo. O desenvolvimento da cidade continuava lento, pois os meios de transporte permaneciam: Cavalos e liteira para as pessoas, carros de bois e tropas de burros que conduziam mercadorias, num comércio mútuo, suadas andanças pelas estradas estreitas e poeirentas, muitas delas abertas pelos bandeirantes. Melhoramentos e Fatos Importantes . O Governador da Província Joaquim Pires Machado Portela, criou em 1871, o Hospital de Caridade, depois chamado "Santa Casa de Caridade". . Um grande passo para o progresso da cidade foi a criação da Escola Normal, em 1879. Foi instalada no dia 02/02/1880 no prédio no. 46, na antiga Rua Direita, hoje Justino Câmara. . Importantíssima a data de 24/02/1884, pois sai o primeiro número do Semanário "Correio do Norte". . 14 de setembro de 1886 inauguração da Capela de Santa Cruz (simplesmente Capela do Morrinho). . A indústria em Montes Claros começou com a fábrica do Cedro em 1882, que em 25/07/1889, foi destruída por grande incêndio. . O Mercado Municipal foi inaugurado no dia 03/09/1899. Situado no largo de cima, hoje praça Dr. Carlos Versiani, era construção imponente com uma torre bem alta, onde o relógio, doado por Dona Carlota Versiani, badalava as horas, não deixando ninguém perder o horário. . A inauguração da 1ª "linha telegráfica" da cidade deu-se no dia 27/10/1892. . Outro importante estabelecimento de ensino em Montes Claros de Ontem, e que perdura até os dias atuais, é o Colégio Imaculada Conceição, fundado pelas irmãs de Berlear que aqui chegaram no dia 14/06/1907. . O grupo escolar Gonçalves Chaves tem destaque especial, por ser o primeiro a instalar-se na cidade, bem como a Escola Normal. . A Banda de Música Euterpe Montesclarense fundada em 1856, por Dona Eva Bárbara Teixeira de Carvalho, perdurou por mais de cem anos. . A 10 de dezembro de 1910, São Pio X criou o Bispado de Montes Claros, tendo sido nomeado primeiro Bispo Dom João Antônio Pimenta pela bula "Comissum humilitati nostre", de 07/03/1911. . Dom João Pimenta celebrou a primeira missa pontifical, no dia 08/10/1911.